sexta-feira, 18 de junho de 2010

não conseguia dormir direito. ouvia várias vozes, de diferentes tons misturados, cada uma falando coisas assustadoras. não era quente, mas eu suava. não era frio, mas eu tremia. só com ele conseguia dormir tranqüilamente, sem nenhum medo de morrer antes do amanhecer. mas ele havia me deixado, sem dó. precisa de um abraço para me confortar, de um beijo para me tirar daquela solidão que cada vez mais tomava conta de mim. precisava dele, precisava daquele que por tantos momentos foi a razão de tudo, precisa de um amor. sabia que tudo aquilo que via nas longas noites de terror não passavam de coisas da minha mente, mas, sem ele aqui estava enlouquecendo aos poucos. não via mais sentido em continuar viva. precisava, mais do que tudo, de um amor. um amor que não acabasse do dia pra noite. um amor que ultrapassasse todos os obstáculos e mesmo assim, não acabasse. um amor verdadeiro, raro, que poucos tem a sorte de encontrar. um amor quase impossível.

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